A promoção da saúde constitui-se como pilar estruturante na operacionalização do direito inalienável dos cidadãos à saúde. Enquanto foco de atenção primordial deve ser encarada como uma estratégia onde os determinantes de saúde ocupam lugar de destaque como fatores que influenciam o nível de bem-estar das populações.

Internacionalmente a promoção da saúde ganhou protagonismo com a Carta de Otawa emanada em 1986 a qual viria a impulsionar um movimento nesta área que se tem vindo a materializar através da realização de várias conferências internacionais.

O nosso país foi acompanhando este “movimento” internacional e introduzindo nas suas políticas de saúde, bem como, no seu enquadramento legal os princípios enformadores que resultam das diretrizes plasmadas nos documentos elaborados nas referidas conferências.

Passadas várias décadas muito há ainda a fazer para uma verdadeira implementação no terreno daquilo que são as directrizes políticas na área da promoção da saúde. Neste domínio os profissionais da saúde e, muito em particular os enfermeiros, pela proximidade que têm com as comunidades com quem trabalham e pela capacidade de influenciar a adopção de comportamentos e estilos de vida saudáveis, surgem como atores essenciais ao exercício do direito e dever das populações para com a sua própria saúde.